Atenção! Todo conteúdo deste blog foi movido para o site Old Wagner's. Visite este site para atualizações!

segunda-feira, 17 de março de 2008

História do MSX [Semana MSX]

No início dos anos 80, o computador pessoal IBM-PC se tornava mais e mais popular. Embora este computador não fosse difícil de utilizar, ele não era o que podia se chamar "amigável": geralmente era conectado a um monitor verde de fósforo, possuia apenas um canal de som (o som produzido por ele podia ser bastante irritante) e o próprio formato e cor do IBM-PC diziam apenas uma coisa: "este é um computador para ser usado no trabalho!"

Assim, a Microsoft e a ASCII, do Japão, se uniram em 1983 para criar um novo padrão que fosse mais amigável ao usuário, mais "multimídia". Este padrão permitia que, qualquer que fosse o fabricante, um programa que rodasse em um computador rodaria em todos. Este padrão foi chamado MSX.

Criadores do padrão MSX
(Bill Gates é o 3° da esquerda para a direita)

Computadores MSX foram criados por gigantes da indústria, como Sony, Yamaha, Panasonic, Toshiba, Daewoo, e Philips. Este novo padrão criou uma onda de pânico nos Estados Unidos e Inglaterra. No entanto, as empresas japonesas preferiram não entrar nestes mercados já saturados, e investiram em mercados diferentes, como Europa, Oriente Médio, Extremo Oriente, União Soviética e Brasil.

O MSX no Brasil

No Brasil, o MSX conheceu dois representantes: o Expert (produzido pela Gradiente) e o Hotbit (produzido pela Sharp).

Expert (Gradiente)

Hotbit (Sharp)

O Hotbit seguia fielmente os padrões MSX, enquanto o Expert se desviava um pouco, pois a intenção da Gradiente era usar o MSX para produzir um padrão próprio seu. A tática acabou dando resultado, já que muitos softwares escritos para o Expert acabavam não rodando no Hotbit, e o Hotbit acabava levando a culpa por ser incompatível.

Embora no Brasil houvessem clones de outros sistemas, como o Apple II e o ZX Spectrum, a Gradiente e a Sharp investiram pesado em marketing e acabaram por dominar o mercado da computação daquele tempo.

O MSX era extremamente popular no ensino, e o primeiro computador que eu usei foi um MSX. Também foi o computador na qual aprendi a programar. Ainda lembro com saudade dos laboratórios de informática, com dezenas de MSX ligados a televisores em bancadas...

MSX2 e além

Com o passar dos anos, novas versões do MSX foram surgindo. O MSX2 surgiu em 1986, o MSX2+ em 1988, e o MSXturboR em 1990. Cada versão com mais velocidade, mais memória e recursos mais poderosos. Infelizmente, o Brasil ficou estagnado na primeira versão (exceto por alguns técnicos que faziam a conversão "artesanal" para o MSX2).

MSXturboR da Panasonic

Em 1995, com o mercado já saturado pelos PCs, a produção do MSX foi encerrada.

4 comentários:

Anônimo disse...

Será que o MSX "não pegou" pois não era um computador americano? É para se pensar!

André disse...

Olha, é bem possível. Mas acho q outra coisa q colaborou foi o fato do mercado americano já estar saturado com computadores de preço muito baixo, então os japoneses não quiseram entrar na briga.

Anônimo disse...

o Amiga se nao me engano era um computador americano e tb "nao pegou"... o mercado estava se rendendo ao padrao "Windows PC" e nada poderia para-los...

AlexMagnus_ disse...

Não pegou porque era bom demais, simples assim a resposta.