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segunda-feira, 31 de março de 2008

Disquetes

Lembro do primeiro curso de computação que fiz, quando criança, onde a linguagem usada era o LOGO no MSX. Além dos materiais básicos (papel, caneta e afins), era necessário um disquete. Como um leigo que não havia visto um computador mais do que duas vezes na vida, logo pensei: "nossa, isso deve custar uma fortuna!" Logo descobri que um disquete não custava mais do que algumas poucas centenas de cruzados (equivalente a centavos na moeda de hoje).

Na verdade, o disquete nasceu da necessidade de um meio de armazenamento de dados barato. Em 1967, a IBM precisava mandar freqüentes atualizações de seus softwares para seus clientes, e David Noble foi incumbido da tarefa de criar um meio de armazenamento que custasse menos de 5 dólares. Noble criou um disco de 8 polegadas e 80 kB que era somente para leitura, mas logo descobriu que a sujeira estragava rapidamente o disco. Assim, criou a capa que encobre os disquetes, e que se tornaram sua marca característica.


O desenho abaixo está presente no documento em que a IBM patenteou sua invenção.


A capa flexível que encobria o disquete fazia com que este fosse carinhosamente chamado de "disco flexível" (floppy disk). Esta mesma capa levava usuários inexperientes a cometerem erros crassos, como dobrar ou grampear os discos.

Logo o disquete foi melhorando, sua capacidade e durabilidade aumentando. Também foi desenvolvido o disquete que podia gravar dados, além de lê-los. Ainda assim, a maioria dos computadores da época usava a fita cassete como meio de armazenamento, devido ao alto custo dos drives de disquete (que muitas vezes custavam mais que o próprio computador).

Em 1975, o tão-famoso disco de 5 1/4 polegadas foi criado, mas a fábrica que o construíu não viu futuro para ele e o projeto foi arquivado. Somente em 1978 estes disquetes começaram a ser distribuídos, e logo se tornaram muito populares, pois os drives necessários para lê-los eram muito mais baratos. O novo disco foi também aumentando de tamanho até chegar aos 1.2 Mb de espaço - muito, considerando que os HDs da época iam até no máximo 20 Mb.


Em 1982, a Sony criou o disquete de 3 1/2 polegadas, que funcionavam apenas nos seus computadores. Mas logo outros fabricantes começaram a usar o formato e ele se tornou dominante na indústria. Embora a capa que o recobria agora fosse dura, o disquete continuava sendo chamado de "disco flexível".


Hoje, o disquete está rapidamente se tornando obsoleto. Meios digitais mais confiáveis, rápidos e com mais capacidade como o CD e o pen drive estão fazendo com que menos e menos computadores venham com o drive de disquete. Mas o disquete deixou sua marca, e isto pode ser facilmente visto nos menus dos programas, onde o disquete ainda é usado como símbolo para "gravar".

sexta-feira, 28 de março de 2008

Game Gear vs. Game Boy

Em 1989, a Nintendo introduziu o primeiro videogame portátil a fazer sucesso, o Game Boy. Os jogos eram em preto-e-branco e era incluído o jogo Tetris.

Em 1990, a SEGA lançou o Game Gear. O Game Gear era colorido e incluía o jogo Sonic.

A SEGA iniciou uma campanha bastante agressiva, com o objetivo de impulsionar o novo videogame portátil. Uma das propagandas mais agressivas aparece no vídeo abaixo, onde um cachorro (que enxerga em preto-e-branco) não consegue diferenciar entre o Game Boy e o Game Gear, e o narrador diz: "se você não pudesse enxergar cores e tivesse um Q.I. de menos de doze, você não se importaria com qual portátil você tem. Mas é claro, você também não se importaria se bebesse água da privada." :-)



Embora as propagandas da SEGA fossem criativas, muitas pessoas (especialmente os donos de Game Boys) consideravam-nas agressivas demais, e isso acabou trazendo ressentimento por parte dos usuários de produtos Nintendo, levando muitos a crer que a campanha publicitária da SEGA foi um tiro na culatra.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Aventuras no Linux - 3

Após instalar o Linux e configurar o ambiente gráfico, o desafio passou a ser então conectar na internet. Obviamente, naquele tempo a única forma de se conectar na internet era por linha discada.

Como na revista que eu havia comprado não havia nada sobre conexão na internet, tive que procurar na própria internet. Pelo Windows, obviamente (àquela altura, já havia aprendido como particionar o HD e já havia reinstalado o Windows). Minha primeira tentativa foi ligar para o provedor, que é óbvio, não dava suporte para Linux. Mas o ano era 1998 (eu acho), quem dava suporte para Linux?

Assinei a Linux-BR e descobri que, na época, o melhor recurso que existia em português para Linux era o The Linux Manual versão 1.0 (ironicamente, o melhor recurso para Linux em português tinha o nome em inglês).

Aí começaram as tentativas. A primeira coisa que tive que fazer foi me livrar do meu Winmodem e arranjar um US Robotics.

Feito isso, descobri que embora desse prá fazer a conexão automática (através de um script), meu cacife não dava para isso, então comecei a fazer tudo manual.

Primeiro, tinha que "conversar" com o modem, usando comandos do tipo "AT0" (para ativar o modem) e "ATDT987654321" (para discar para o provedor). É incrível que eu ainda lembre disso. Depois, tinha que "conversar" com o computador do provedor, passando meu usuário e a senha.

A alegria que tive quando finalmente consegui navegar (no velho e bom Netscape 3.0) é indiscritível! Podia jurar que a conexão era muito mais rápida que no Windows, embora hoje eu já não tenha tanta certeza...

Dez anos se passaram. Aprendi muito de Linux, a criar scripts, programar em muitas linguagens e usando muitas bibliotecas. Fiz alguns projetos de software livre (como esse, esse, esse e esse). Mas nunca esquecerei meu começo humilde no Linux, olhando para aquele prompt sem nem saber dar um comando sequer :-)

quarta-feira, 26 de março de 2008

Aventuras no Linux - 2

Qual foi a minha surpresa ao rodar o comando startx e ver aquele maravilhoso ambiente gráfico de 16 cores se abrir perante mim! Me senti como um viajante que passou horas e horas no deserto da linha de comando e finalmente pode beber um gole de água fresca do ambiente gráfico :-)

Embora eu não soubesse na época, o gerenciador de janelas que havia sido aberto era o Window Maker. Achei estranho, diferente e legal essa forma do Window Maker lidar com os ícones, e os docks que eu podia acoplar ao lado da tela.

Meu desafio passou a ser conseguir mais de 16 cores no ambiente gráfico. Na instalação do Conectiva Guarani, ele havia me perguntado o chipset da minha placa de vídeo. Como eu não sabia (e também não sabia de onde tirar essa informação) selecionei qualquer um.

O problema é que eu não sabia que havia um comando que eu podia usar para mudar o chipset (e quanto mais editar o /etc/XF86Config!) então passei a reinstalar e reinstalar o Linux, cada vez escolhendo um chipset diferente.

Passei vários dias nesta agonia (devo ter reinstalado o Guarani umas 30 vezes), até que finalmente consegui, e foi uma explosão de cores no meu monitor! Não que eu já não tivesse todas essas cores com o Windows, mas dessa vez eu havia conseguido, e o gosto foi completamente diferente.

Logo descobri um novo comando, o startkde, que iniciava o KDE na sua versão 1.0. Não tenho nem palavras para descrever o que senti ao ver todo aquele menu cheio de programas novos para usar (eu ainda não sabia iniciar programas da linha de comando).

Após explorar tudo que aquela distribuição Guarani tinha, o novo desafio passou a ser conectar na internet...

Continua...

segunda-feira, 24 de março de 2008

Aventuras no Linux - 1

Ainda lembro da primeira vez que ouvi falar no Linux. Foi um professor meu que falou a respeito. "É tipo o Windows, e é de graça!", ele disse. "De graça?" Foi difícil acreditar a princípio, mas logo comprei uma revista que continha o Conectiva Guarani 3.0 e fui prá casa instalar no meu 486.

Conectiva Guarani

Instalar o Guarani foi uma aventura à parte. Na época não existiam os instaladores gráficos como hoje, era tudo texto. A revista tinha algumas dicas, mas nada de muito concreto.

É claro que não é preciso dizer que detonei minha partição do Windows logo de cara. Mas tudo bem. Após algumas tentativas, consegui finalmente chegar ao fim da instalação, cheio de excitação para finalmente usar o tão falado Linux.

Após o reinício da máquina, coloquei usuário e senha e apareceu o prompt:

[andre@andre andre]$

Acho que fiquei uns 10 minutos parado, olhando para o prompt. Nunca tinha me ocorrido que eu simplesmente não sabia nem um comando no Linux.

Resolvi finalmente ler o artigo da revista, e descobri que tinha um comando chamado startx que abria o ambiente gráfico. O digitei e qual foi a minha surpresa...

Continua...

sábado, 22 de março de 2008

One Chip MSX [Semana MSX]

O One Chip MSX é um projeto bem interessante, onde uma empresa japonesa desenvolveu uma versão do MSX que roda em apenas um chip FPGA.



O One Chip MSX é um MSX1 e MSX2 completo, com entradas para cartucho e cartão SD, que pode ser usado para copiar os programas de MSX do PC e vice-versa.

O One Chip MSX é produzido pela D4 Enterprise e vendido fora do Japão pela Bazix.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Estendendo os limites [Semana MSX]

Após o fim do MSX, muitas pessoas consideraram que fato do MSX parar de ser fabricado não significava necessariamente o fim do MSX.

Motivados por seu amor pela plataforma, bem como por um senso de desafio, alguns programadores resolveram estender os limites conhecidos do MSX, estudando a arquitetura a fundo e escrevendo softwares que realizavam tarefas antes inimagináveis neste computador.

Um destes projetos é o Uzix. O Uzix é um sistema operacional Unix desenvolvido para MSX pelo brasileiro Adriano da Cunha. Este sistema operacional é um clone do Unix (assim como o Linux) e implementa quase todas as funcionalidades da 7ª versão, inclusive acesso à internet.

Uzix rodando PINE via telnet.

Até um navegador foi desenvolvido para o Uzix!

Outro sistema interessante é o SymbOS, que é um sistema operacional gráfico (estilo Windows) que roda tanto no MSX quando no Amstrad CPC.

Abaixo, um vídeo para mostrar do que ele é capaz.

Vale lembrar que estes dois programas são apenas para o MSX2!

quarta-feira, 19 de março de 2008

Jogos MSX [Semana MSX]

Embora houvessem muitos softwares bons disponíveis para o MSX, o forte da plataforma mesmo eram os jogos. Isto acontecia devido ao fato do MSX ser fortemente voltado para multimídia (ao contrário do IBM-PC) e os jogos iam de excelentes (especialmente os japoneses) a péssimos (especialmente os espanhóis).

Muitos dos jogos eram conversões diretas dos jogos do ZX Spectrum. Como o ZX Spectrum era uma máquina muito mais limitada que o MSX, muitos jogos do MSX ficavam muito aquém do poder do MSX. Mas os melhores jogos eram feitos tendo o MSX em mente, e não ficavam devendo nada para os jogos de videogame da época.

E conhecer as limitações do MSX é admirar ainda mais os jogos, e perceber os macetes que os programadores usavam para driblar algumas dessas limitações, como o vazamento de cor.

São tantos jogos bons que é até difícil selecionar uma lista dos melhores, então vamos colocar aqui alguns jogos bons e outro dia faremos outro artigo com mais jogos. Todos jogos aqui apresentados podem ser baixados neste site.

The Castle

O The Castle, da ASCII (mesma empresa que criou o padrão MSX) era uma obra prima. A antiga história havia acontecido mais uma vez (princesa seqüestrada e escondida dentro do castelo) e o objetivo era vagar pelo castelo em busca da princesa.

O jogador logo descobria que o que pode parecer chato ou tedioso acabava se tornando em algo extremamente criativo e desafiador. O jogo não requeria só habilidade, mas também inteligência, uma vez que para conseguir passar por uma sala muitas vezes era necessário empurrar blocos e barris no lugar exato na hora certa.

O jogo era extremamente difícil e desafiador, e depois a ASCII fez uma continuação duas vezes mais difícil.

Inspectour Z

Jogo muito divertido da HAL Laboratory Inc., onde o objetivo era desarmar as bombas. Era meu preferido no tempo de guri :)

Eggerland Mystery

Jogo muito desafiador em que você é uma bola azul que tem como objetivo salvar sua namorada (a bola rosa) que está presa em todas as fases. Dizem que tem um bug lá pela fase 70, mas nunca consegui chegar lá para comprovar :-)

Payload

Jogo muito criativo da Sony, onde você era um caminhoneiro que precisava levar cargas de uma cidade para outra no japão. Além de ir pelas auto-estradas, tinha que manobrar dentro das cidades. Qualquer acidente era descontado da folha de pagamento, e beber cerveja e dirigir deixava seu caminhão meio descontrolado...

King's Valley

Considerado por muitos o melhor jogo da Konami (e talvez de todo o MSX), o objetivo era buscar os tesouros do Egito dentro das pirâmides, desviando dos múmias que assombravam o local. Cada fase tinha uma faca para você se defender das múmias, mas não dava prá pular segurando a faca.


The Goonies

Outro jogo que disputava o troféu de melhor para o MSX era o The Goonies. Embora a história fosse meio diferente do filme, os Frattelli estavam lá incomodando, e a trilha sonora certamente traz saudades das sessões da tarde dos anos 80!

Zanac

Eu nunca fui fã de jogos de nave (shoot'em ups) mas o Zanac era uma exceção. Começava pela trilha sonora empolgante (a melhor do MSX, talvez só superada pelo Zanac II). O jogo era bastante divertido (e difícil) e tinha uma inteligência artificial bastante avançada para a época: o inimigo organizava suas defesas a partir das ações do jogador.

Como lembrança do MSX ficam ainda os POKES. Eram pequenos comandos que se davam antes de jogar alguns jogos para conseguir coisas do tipo vidas infinitas, imortalidade, etc. Me lembro que eu tinha até um "caderno de pokes", onde eu anotava os pokes de cada jogo e trocava informações com os amigos :-)

Softwares para MSX [Semana MSX]

No artigo de hoje vamos apresentar alguns softwares interessantes para MSX. Uma grande quantidade de software foi desenvolvida para este sistema, e os programas aqui apresentados não seguem qualquer ordem ou motivação lógica :) Apenas estão aqui para dar um "gostinho" do que os usuários podiam fazer com o MSX na época.

O foco que vamos dar aqui é para o MSX 1.

Antes de começar, seria interessante dizer que os programas aqui demonstrados podem ser utilizados por você em seu PC. Para isto, baixe um emulador de MSX. O melhor de todos é o BlueMSX (para windows). Para testar estes programas, selecione o tipo de computador: MSX1 - Brazilian.

Para linux tem o OpenMSX. Esse é um pouco mais complicado de configurar, aqui tem um manual bem completo. O tipo de MSX a escolher é o Expert Gradiente DDPlus.

Alguns arquivos estão no formato ROM. Estes arquivos são cópias de cartuchos e devem ser carregados como tal. Outros são diretórios e devem ser carregados com a opção Disco -> Inserir diretório.

Todos os programas apresentados neste artigo podem ser baixados no site MSXPró.

Graphos III

O primeiro software do dia é, é claro, o Graphos III. Criado pelo Renato Degiovani, e extremamente popular nos anos 80, ele permitia criar gráficos no MSX.

Para carregar o programa digite no BASIC: load"graphos.bas",r

Word Plus

Este é o Word Plus, um editor de texto muito legal. O autor usou bastante a criatividade para permitir que o usuário tivesse um papel de 64 colunas (o MSX, por padrão, permite apenas 40 colunas).

Para carregar o programa, digite no MSX-DOS: wordplus

Toque!

Um programa bem legal da Gradiente que vinha junto com o Expert, e que permitia ao usuário usar o teclado do MSX como um instrumento musical.

Hot-LOGO

Uma versão fantástica do LOGO para MSX, completamente em português, cheia de comandos e possibilidades. Depois do assembly, a melhor opção para explorar o máximo do MSX. Esta linguagem me traz muitas saudades, pois foi nela que aprendi a programar...

Turbo Pascal

E prá provar que o MSX não ficava devendo nada para o PC, uma versão do Turbo Pascal da Borland para MSX!

terça-feira, 18 de março de 2008

Por dentro do MSX [Semana MSX]

O MSX era composto por "peças prontas" - isto é, nenhum componente foi desenvolvido especificamente para o MSX, todos os componentes já estavam disponíveis no dia em que o MSX surgiu. A CPU usada era o Z80 (fabricado pela Zilog), a placa de vídeo era a TMS9918 (fabricada pela Textas Instruments) e a placa de som era uma AY-3-8910 (fabricada pela General Instrument). Isto ajudava a baratear o console. Muitos outros consoles seguiram este padrão naquele tempo.

Zilog Z80

O Zilog Z80, sendo a CPU, era o coração do MSX. Este processador rodava a 3.58 MHz, embora esta velocidade tenha crescido nas versões posteriores.

Era um processador extremamente popular na época, sendo usado para vários computadores, e continua sendo usado hoje em dia em impressoras, celulares, calculadoras, MP3 players e instrumentos musicais.

Memória

O MSX1 tinha 48 kB de memória ROM (divididos entre a BIOS, o BASIC e a interface de disco) e 64 kB de memória RAM, embora tenham sido fabricados MSX de até 512 kB de RAM. O brasileiro Ademir Carchano criou a MegaRAM, que permitia expandir a memória em até 256 kB.

Som

A interface de som do MSX foi revolucionária para época. Ao contrário do PC Speaker presente no IBM (carinhosamente chamado de "beeper" :-) o MSX possui três sinais de som simultâneos, e podia tocar uma variedade de sons diferentes. Um pouco desse poder pode ser visto no programa Toque!, que será apresentado no artigo de amanhã.

As versões posteriores do MSX foram muito usadas para edição de áudio e MIDI.

Imagem

O chip TMS9918 permitia exibir até 15 cores. Existiam 4 modos de imagem.

O primeiro modo (screen 0) era o modo padrão de texto, e tinha 40 colunas e 24 linhas. Os caracteres tinham 6x8 pixels.

O segundo modo texto (screen 1) tinha 32x24 caracteres. Cabia menos texto, mas era possível ter cores diferentes para o fundo, por caracter.

O modo gráfico (screen 2) era usado especialmente para jogos. Ele tinha 256x192 e sofria do problema de vazamento de cor que assombrava os micros da época. No entanto, o problema era apenas horizontal (a cada 8 pixeis), e não vertical. Além disso, o uso de até 32 sprites minimizava o problema.

Havia ainda um terceiro modo gráfico (screen 3), de 64x48 "pixeis". Era horroroso e praticamente nunca usado.

Para muitas informações sobre a placa gráfica do MSX, visite a página sobre ela na wikipedia.

segunda-feira, 17 de março de 2008

História do MSX [Semana MSX]

No início dos anos 80, o computador pessoal IBM-PC se tornava mais e mais popular. Embora este computador não fosse difícil de utilizar, ele não era o que podia se chamar "amigável": geralmente era conectado a um monitor verde de fósforo, possuia apenas um canal de som (o som produzido por ele podia ser bastante irritante) e o próprio formato e cor do IBM-PC diziam apenas uma coisa: "este é um computador para ser usado no trabalho!"

Assim, a Microsoft e a ASCII, do Japão, se uniram em 1983 para criar um novo padrão que fosse mais amigável ao usuário, mais "multimídia". Este padrão permitia que, qualquer que fosse o fabricante, um programa que rodasse em um computador rodaria em todos. Este padrão foi chamado MSX.

Criadores do padrão MSX
(Bill Gates é o 3° da esquerda para a direita)

Computadores MSX foram criados por gigantes da indústria, como Sony, Yamaha, Panasonic, Toshiba, Daewoo, e Philips. Este novo padrão criou uma onda de pânico nos Estados Unidos e Inglaterra. No entanto, as empresas japonesas preferiram não entrar nestes mercados já saturados, e investiram em mercados diferentes, como Europa, Oriente Médio, Extremo Oriente, União Soviética e Brasil.

O MSX no Brasil

No Brasil, o MSX conheceu dois representantes: o Expert (produzido pela Gradiente) e o Hotbit (produzido pela Sharp).

Expert (Gradiente)

Hotbit (Sharp)

O Hotbit seguia fielmente os padrões MSX, enquanto o Expert se desviava um pouco, pois a intenção da Gradiente era usar o MSX para produzir um padrão próprio seu. A tática acabou dando resultado, já que muitos softwares escritos para o Expert acabavam não rodando no Hotbit, e o Hotbit acabava levando a culpa por ser incompatível.

Embora no Brasil houvessem clones de outros sistemas, como o Apple II e o ZX Spectrum, a Gradiente e a Sharp investiram pesado em marketing e acabaram por dominar o mercado da computação daquele tempo.

O MSX era extremamente popular no ensino, e o primeiro computador que eu usei foi um MSX. Também foi o computador na qual aprendi a programar. Ainda lembro com saudade dos laboratórios de informática, com dezenas de MSX ligados a televisores em bancadas...

MSX2 e além

Com o passar dos anos, novas versões do MSX foram surgindo. O MSX2 surgiu em 1986, o MSX2+ em 1988, e o MSXturboR em 1990. Cada versão com mais velocidade, mais memória e recursos mais poderosos. Infelizmente, o Brasil ficou estagnado na primeira versão (exceto por alguns técnicos que faziam a conversão "artesanal" para o MSX2).

MSXturboR da Panasonic

Em 1995, com o mercado já saturado pelos PCs, a produção do MSX foi encerrada.