Steve Ballmer, um dos fundadores da Microsoft, sempre foi famoso por seu estilo "impulsivo". Nada ilustra melhor seu estilo do que este comercial muito engraçado no estilo "revendedor de automóveis", onde ele fala das "vantagens" do Windows 1.0.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Microsoft Word
O Microsoft Word foi o primeiro processador de textos a utilizar WYSIWYG (what you see is what you get, o que você vê é o que você tem). A maioria dos editores da época, como o WordPerfect ou o WordStar, simplesmente utilizavam símbolos ou cores diferenciadas para os diferentes tipos de formatação.
O Microsoft Word fazia uso extensivo do mouse. Isto era tão incomum na época que um mouse era incluído no pacote, juntamente com o Word.
Era assim que o Word se parecia no início, quando rodava apenas em DOS:
Logo, uma versão para Windows (é claro) foi lançada também.
E outra para Macintosh. É claro que a do Macintosh era bem mais bonitinha.
O Word 2002 já tinha o visual bem "padrão Windows".
Hoje, muitos anos já se passaram e muitas versões já mudaram. Mas é claro que mais de 90% dos usuários de Word ainda usam as mesmas funções que já estavam disponíveis na primeira versão. O que pode fazer alguém se perguntar: por que tantas versões?
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
Os Piratas do Vale do Silício
Prá quem gosta de história da computação (isto é, os leitores deste blog ;-), fica uma dica: o filme Os Piratas do Vale do Silício.
Esse filme conta a história do surgimento da Microsoft e da Apple, quem copiou de quem, e de como essas empresas "de garagem" se tornaram multimilionárias. Segundo Steve Wozniak, embora possam existir pequenas diferenças aqui e ali a respeito do que aconteceu, as personalidades das pessoas representadas no filme foram retratadas com exatidão.
O filme tem uma história bem legal, e é recomendado até prá quem não sabe nada de informática. A trilha sonora é muito legal. Ele é baseado no livro Fire in the Valley (link da Amazon), que é um dos meus sonhos de consumo :)
O torrent pode ser acessado aqui.
Nintendo (parte 1)
Quem nunca jogou o jogo do Mario, o charmoso encanador italiano bigodudo? O que poucos sabem, no entanto, é que a empresa que está por detrás do mito - a Nintendo - existe desde 1889.
A Nintendo foi fundada por Fusajiro Yamauchi em Kyoto, Japão, como uma empresa que fabricava cartas para um jogo japonês chamado Hanafuda. Assim a empresa se manteve até 1956, quando Hiroshi Yamauchi visitou a maior empresa americana de cartas, a United States Playing Card Company, e descobriu que a empresa usava apenas um pequeno escritório. Ali, se deu conta da limitação do negócio de fabricação de cartas, e resolveu diversificar o negócio.
A empresa criou uma empresa de táxi, uma cadeia de motéis, uma rede de TV, uma fábrica de comida (que vendia "arroz instantâneo"), uma empresa de brinquedos e vários outros negócios. Todos investimentos faliram, exceto a empresa de brinquedos.
Certo dia, em 1970, Hiroshi Yamauchi estava observando o técnico em manutenção da fábrica, Gunpei Yokoi, que brincava com um braço eletrônico que havia criado nas horas vagas para se divertir. Hiroshi pediu a Gunpei que desenvolvesse o braço como um produto para ser vendido, e vendeu 1,2 milhões de unidades naquele ano, tirando a Nintendo da iminente falência.
No mesmo ano, a Nintendo contratou Shigeru Miyamoto, o homem que iria produzir sucessos como Mario e Zelda. O primeiro jogo de grande sucesso de Miyamoto foi Donkey Kong, que foi lançado em versões para arcade, Atari 2600, Intellivision e ColecoVision.
Vários outros sucesso viriam, mas seria a construção de consoles de videogame que faria a Nintendo se tornar a maior empresa de videogames do mundo!
Continua...
Mosaic
A visão que a maioria das pessoas tem da internet é que ela é a web. Poucas pessoas percebem que a web é apenas um dos "serviços" que a internet oferece, e poucas sabem que no princípio da internet não havia a web, mas apenas outros serviços como usenet, ftp, gopher, etc...
Mas um programa veio para mudar tudo isso. Ele se chamava Mosaic.
A web foi inventada por Tim Bernes-Lee em 1989, mas existiam poucos programas capazes de navegar pelos links, e nenhum com a riqueza de multimídia (gráficos, som e afins) que existe hoje.
Em 1993 o Centro Nacional para Aplicações de Supercomputadores (NCSA) criou o Mosaic, o primeiro navegador moderno. Ele era distribuido gratuitamente para uso não-comercial, e a versão Unix ainda incluía o código-fonte.
O Mosaic se tornou tão popular que os estudiosos hoje consideram que foi o navegador que deu origem ao "boom" da internet nos anos 90. Vale considerar que a internet já existia em outras formas desde o fim dos anos 60. Em 1994, Gary Wolfe escreveu para a revista Wired:
Mosaic é o celebrado "navegador" gráfico que permite que os usuários naveguem por um mundo de informações eletrônicas usando uma interface aponte-e-clique. A aparência charmosa do Mosaic encoraja usuários a colocarem seus próprios documentos na Net, inclusive fotos coloridas, sons, vídeos e "links" hipertexto para outros documentos. Ao seguir os links - clique, e o documento aparece - você pode viajar por um mundo online através de caminhos de impulso e intuição. O Mosaic não é o meio mais direto de encontrar informação online. Nem o mais poderoso. É meramente o meio mais prazeiroso, e nos 18 meses desde que foi lançado, o Mosaic trouxe uma onda de excitação e energia comercial imprecedentes na história da Net.
Durante o sucesso do Mosaic, Mark Andreessen e Jim Clark deixaram o NCSA e fundaram a Mosaic Communications Corporation. Esta seria a empresa que viria dar a origem ao Netscape, que viria ainda a dar origem ao tão-amado Firefox, que disputa com o Opera o papel de melhor navegador do mercado.
À medida que outros navegadores mais poderosos como o Netscape e o Internet Explorer foram crescendo e tomando o mercado, o Mosaic foi lentamente morrendo até que o seu desenvolvimento cessou. Mas você ainda pode sentir o gostinho do passado baixando a última versão do Mosaic.
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
Apple I
O Apple I foi um dos primeiros computadores pessoais, e talvez foi o que marcou o início do fim dos grandes computadores empresariais e o começo da história dos pequenos computadores pessoais.
Naquele tempo, o mercado dos computadores era apenas para grandes empresas, com fábricas como a IBM construindo mainframes gigantescos e caríssimos. Por outro lado, um bando de hackers estava envolvido na construção circuitos eletrônicos que viriam a dar origem aos computadores pessoais.
Um desses hackers era um jovem chamado Steve Wozniak. Ele criou um circuito, ao qual deu o nome de Apple 1. Naquele tempo, não existia a noção de criar um computador completo. Os chips eram vendidos separadamente, para serem soldados pelo comprador (geralmente, outro hacker), que devia também acrescentar componentes como monitor, teclado e energia.
O Apple I foi um dos primeiros computadores a serem distribuídos com os chips já soldados à placa-mãe, mas o "usuário" devia acrescentar gabinete, monitor, teclado e suprimento de energia (e, opcionalmente, uma fita cassete). O computador incluía uma versão do BASIC escrita por Wozniak.
Foi Steve Jobs, um amigo de Steve Wozinak, quem sugeriu que ele colocasse o Apple I à venda. Ele o fez, e venderam 200 unidades por US$ 666,66 cada. (este preço foi colocado assim porque venderam o Apple I para uma loja local por US$ 500,00, e a loja acrescentou um terço ao valor).
Infelizmente, o Apple I tinha uma falha - não havia nenhuma maneira de guardar a informação digitada no computador. Um programa de 3000 linhas que fosse digitado nele era perdido tão logo o computador fosse desligado. Para corrigir este problema, Wozniak criou uma interface de conexão com um gravador de fitas K7, que permitia que os programas em BASIC fossem gravados e lidos. Essa interface era vendida por US$ 75.
O Apple I foi o primeiro computador pessoal a utilizar um teclado. Outros, como o Altair 8800, se comunicavam com o usuário através de chaves e leds.
O Apple I foi inovativo porque permitia a comunicação direta com um teclado e monitor, ao contrário de outros computadores da época, que necessitavam um hardware externo para fazer este tipo de comunicação. O sucesso do Apple I (bem como suas limitações) levaram Wozniak a trabalhar na criação do que viria a ser o micro que romperia de vez os paradigmas da construção de computadores: o Apple II.