O Apple I foi um dos primeiros computadores pessoais, e talvez foi o que marcou o início do fim dos grandes computadores empresariais e o começo da história dos pequenos computadores pessoais.
Naquele tempo, o mercado dos computadores era apenas para grandes empresas, com fábricas como a IBM construindo mainframes gigantescos e caríssimos. Por outro lado, um bando de hackers estava envolvido na construção circuitos eletrônicos que viriam a dar origem aos computadores pessoais.
Um desses hackers era um jovem chamado Steve Wozniak. Ele criou um circuito, ao qual deu o nome de Apple 1. Naquele tempo, não existia a noção de criar um computador completo. Os chips eram vendidos separadamente, para serem soldados pelo comprador (geralmente, outro hacker), que devia também acrescentar componentes como monitor, teclado e energia.
O Apple I foi um dos primeiros computadores a serem distribuídos com os chips já soldados à placa-mãe, mas o "usuário" devia acrescentar gabinete, monitor, teclado e suprimento de energia (e, opcionalmente, uma fita cassete). O computador incluía uma versão do BASIC escrita por Wozniak.
Foi Steve Jobs, um amigo de Steve Wozinak, quem sugeriu que ele colocasse o Apple I à venda. Ele o fez, e venderam 200 unidades por US$ 666,66 cada. (este preço foi colocado assim porque venderam o Apple I para uma loja local por US$ 500,00, e a loja acrescentou um terço ao valor).
Infelizmente, o Apple I tinha uma falha - não havia nenhuma maneira de guardar a informação digitada no computador. Um programa de 3000 linhas que fosse digitado nele era perdido tão logo o computador fosse desligado. Para corrigir este problema, Wozniak criou uma interface de conexão com um gravador de fitas K7, que permitia que os programas em BASIC fossem gravados e lidos. Essa interface era vendida por US$ 75.
O Apple I foi o primeiro computador pessoal a utilizar um teclado. Outros, como o Altair 8800, se comunicavam com o usuário através de chaves e leds.
O Apple I foi inovativo porque permitia a comunicação direta com um teclado e monitor, ao contrário de outros computadores da época, que necessitavam um hardware externo para fazer este tipo de comunicação. O sucesso do Apple I (bem como suas limitações) levaram Wozniak a trabalhar na criação do que viria a ser o micro que romperia de vez os paradigmas da construção de computadores: o Apple II.
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